segunda-feira, 30 de março de 2009


Lembro-me de, há muito tempo, mesmo bastante tempo,ter escrito qualquer coisa sobre relações abertas.
Um destes dias, alguém me disse que alguém tem uma relação aberta.
O que é isso?!
Sabes?!... Estão juntos mas cada um pode estar com outras pessoas quando quiser.
Ah! É isso?!
Então estão juntos porquê?
Porque é que não podem ser, um para o outro, outra pessoa com quem querem estar de vez em quando?
Percebem?
Eu, mesmo assim, não percebo.
Talvez seja velha demais para isto.
Talvez a culpa seja do que aprendi.
Mas... se quisesse estar com outra pessoa não precisava de viver com uma primeira.
Viveria sozinha e quando quisesse companhia procurava-a.
A não ser que haja algum tipo de benefício desta relação...
Eu achava que uma relação aberta era aquela que nos permitia ser transparentes e esperar do outro a mesma transparência.
Pois se eu posso dizer tudo o que penso, queixar-me de tudo o que me aborrece, amuar quando me apetece,dizer não quando não quero, dizer sim quando quero, pedir quando preciso, gritar, chorar, rir... não terei eu uma relação aberta?
Se mantenho uma ligação mais intima com várias pessoas ao mesmo tempo, mesmo com a concordância de todas, então eu não tenho uma, mas várias relações, mesmo que abertas.
Não engano ninguém (?),elucido todos à minha volta da minha opção mas, perdoem-me, não mantenho UMA relação.
Verdade, verdadinha, eu até acho que nem existe isso de relação aberta. Nem duma forma nem doutra. Há sempre alguma coisa que se esconde (e nem falo de mentira, falo de omissão).
Não, também não sou crédula ao ponto de acreditar no amor eterno. Mas acredito que as relações entre duas pessoas só podem resultar se houver amor.
E também não acredito em relações em que só um ama nem que se alimentem só de amor.
E também já não acredito que possamos confiar sempre a 100% no outro.
Acredito que podemos escolher confiar.
Não acredito que as relações se construam ou desmoronem por causa de um elemento alheio a ela.
Acredito que uma relação entre duas pessoas depende apenas delas próprias.
Perdoem-me os liberais (perdoe-me eu mesma) se me engano, mas homem que viva comigo não gosto de partilhar ( em termos íntimos falando, of corse).
Se me dou por inteiro não espero menos que isso.
E, por enquanto, escolho confiar que assim é.
Acho que a humanidade fez um caminho que incentiva o facilitismo. E este tipo de relações abertas é consentâneo com a teoria da preservação da espécie.
Simples e eficaz na maioria das vezes.
A relação monogâmica é cada vez mais difícil de construir e alimentar.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Perfume


Porque será que tenho tanta dificuldade em memorizar as caras das pessoas com quem me cruzo?!
Lembro-me do tempo em que bastava um olhar para fixar a fisionomia de alguém.
Quando e se nos voltassemos a cruzar eu saberia dizer onde e quando tinha visto aquela pessoa.
Hoje já não consigo esta proeza.
Hoje vi... amanhã não lembro...
É como se , de repente, perdesse qualquer capacidade de discriminação visual.
Todos são iguais, todos são diferentes.
É-me indiferente que sejam uma coisa ou a outra.
Os nomes das pessoas... os nomes são mesmo difíceis.
Só consigo fazer corresponder um nome a um corpo depois de bastante tempo.
Mas, pensemos um pouco: um nome pode representar quase nada.
O mesmo nome é usado para indicar tantas pessoas!!
Os nomes (perdoem-me os que valorizam esta questão) são quase como que etiquetas, rótulos.
Se não estamos familiarizados com o conteúdo do frasco, recorremos ao rótulo (Ah!!! isto são oregãos, bolas, são parecidos com o mangericão!).
Se sou eu que faço o doce de tomate nem etiqueto o frasco. Fui eu quem fez! Fui eu quem embalou! Doce de tomate até é comum em casa!...
Acho que acontece o mesmo com as pessoas.
Quando consigo apoderar-me, por pouco que seja, da sua essência já consigo fazer corresponder os dois.
Já com os cheiros a relação é diferente.
Há pessoas que têm cheiros que são só delas.
Há cheiros que são de muitos.
Há cheiros que são únicos, tão únicos que os "colamos" a alguém.
Água de colónia perfumada com rosas lembra-me a minha mãe.
Durante muito tempo (os perfumes duravam uma vida com a minha mãe) recordo o frasco transparente da água de rosas que punha ao Domingo para ir à missa ou em alguma outra ocasião especial.
Há pessoas que usam o mesmo perfume durante tanto tempo que se confundem com eles.
Lá voltamos à vaca fria: não sei os nomes dos perfumes nem dos seus criadores, conheço-os pelos que os usam.
Há o perfume da Dina.
E o da Anabela (que aposto é o mesmo depois de dez anos sem a ver).
E o da Marta.
O da Lenea, que tem a particularidade de ainda se sentir suavemente no nosso quarto dos amigos.
E há o cheiro da minha mãe.
Até eu já tenho o MEU perfume, porque nunca usei outro até ao dia em que me atraiu numa loja em Paris.
Até já há quem o reconheça, de facto, como o meu cheiro (o que me deixa bem feliz).
Mais cedo ou mais tarde, acabo por descobrir o odor de cada pessoa que se demora na minha vida.
Há pessoas que não têm cheiro.
Nem bom... nem mau...
E quando alguém, subitamente, deixa de me cheirar...
Não vai demorar-se...
Conclusão?
Tenho a memória directamente relacionada com o olfacto?!



quinta-feira, 26 de março de 2009


Um destes fins de semana encontrei-me com alguns Bloggers.
Não costumo visitar muitos blogues, a menos que tenha tempo e sossego antes do cansaço acabar com qualquer capacidade de interpretação (coisas da PDI) ou do tempo que a espera demora para acabar e se tornar... qualquer coisa mais agradável.
Também não costumo escrever muito, como sabe quem passa por aqui...

Adiante..

Como dizia, tive um encontro algo inesperado com gentes da blogoesfera.
Um deles (por acaso, uma ela) disse: "Acho que as pessoas me visitam (entenda-se: no Blogue) porque escrevo todos os dias."
Engano seu...
As pessoas só a visitam porque escreve bem, ou devo dizer, muito bem?
Passei por lá e, valha a minha opinião o que valer, gostei da forma como escreve, como descreve, invejei como sente e faz sentir.
Por mim, quando crescesse nesta coisa dos blogues, se algum dia crescesse, também gostava de ser assim.
Talvez... um dia... consiga escrever todas os meses...
Todas as semanas...
Só já perdi a esperança de conseguir ser uma princesa.

quinta-feira, 19 de março de 2009





Porque hoje o dia era do PAI...

Tem mão para a cozinha, o rapaz.

domingo, 15 de março de 2009



Afinal havia outra... razão para a ausência de acentos nas palavras.

Papel e caneta e (acento agudo) que e (acento agudo)


Amigos...
Amigos dos amigos...
Foi assim que começou o meu fim de semana.
Blogue puxa blogue, Ttwiter puxa Facebook, passando pelo Messenger e la confirmei que destas coisas pouco ou nada sei.
Hoje puxa amanha e la resolvi vir dar uma volta pelos bloguitos ca de casa. Determinada, la me deixei levar na onda e pus-me a escrever. Foi so preciso uns segundos para ficar com vontade de mandar isto tudo a uma certa parte.

O QUE E QUE SE PASSA COM ESTA TRETA?!

Entao o acordo ortografico ja esta em vigor e com actualizaçoes (perdao, atualizaçoes)???
E que eu nao consigo acentuar nenhuma palavra. Isto e normal?
E uma falha grave que agudiza a minha relutancia em escrever.
Um nao sem til nao e um nao.
Um e por acentuar nao e um e, e um e.
Percebem?!
Estou ffff...ula.
Sera do computador?
Sera do programa?

Serei eu que sei menos disto do que me deixaram a pensar ontem???