terça-feira, 21 de outubro de 2008

Carta

Não sei porque é que me meti (ou deixei que me metessem) nesta aventura!
Tenho dificuldade em escrever... a coisa não flui como devia, ou como eu gostaria.
Enfim, como em muitas outras coisas na vida, deixo-me ir...
Faço mal, claro.
Já tive tempo de aprender a lição.
Mas sempre é uma forma de, os que estão longe, me ouvirem, entenda-se de me lerem.
É que tenho amigas difíceis de contactar.
Eu tento... mas entre sopas e papinhas, banhos e passeios, a coisa fica difícil.
Pois aqui estou.
Os rapazes grandes estão entretidos e distraídos (ou eu estou atenta), logo a boa da mãe tem computador.
Além disso, hoje o jantar foi quase de plástico e, portanto, rápido, o rapaz pequeno não dá trabalho à noite, o homem está na rua, por isso tenho tempo de ...
Matar saudades...
É o que isto é.
Matar saudades do tempo em que passava horas na net a conversar com amigos, a ler blogues interessantes, a descobrir gente fantástica, a conhecer outras tantas coisas fantásticas também enquanto ia vendo o canal dois (o meu meo).
Não tinha mais nada para fazer?!
Tinha o mesmo que agora, mas mais tempo.
A vida depois da vida, quase me apetece dizer.
Nos açores havia paz.
Em Penalva havia calma.
Aqui (já me tinha esquecido) o ritmo é outro.
Tudo é diferente.
Até as minhas turmas são diferentes. Mais aceleradas. Exigem ainda mais se é que isso é possivel.
Enfim, acho que ainda estou em fase de adaptação ao canto da cidade grande.
Mesmo que um dia me sinta aqui como peixe dentro d'água, vou sempre ter saudades desse outro tempo.
Devia, talvez, escrever uma carta em vez de um post.
As cartas têm cheiros que dizem tanto como uma mão cheia de palavras, senão mais...
É post, é post...
Mas...
Beijos desta que vos adora