quinta-feira, 10 de setembro de 2009

De volta


Lá começa mais um ano... de trabalho, claro.
Uma porta, sempre aberta, por onde entram alguns ansiosos, uns quantos entusiasmados, dois ou três atrevidos, uns cheios de receios, outros com medo de ser abandonados e outros ainda com mais receio da atenção que podem receber.
Dos pais, nem se fala. Há os que nada esperam da escola e os que esperam soluções milagrosas para o que lhes falta nas vidas.
Todos cheios de sentimentos para partilhar, bons ou maus, pouco importa. Tudo se partilha, mesmo quando as vontades são pequenas.
É sempre a mesma coisa quando o ano começa.
O medo agiganta-se.
As dúvidas multiplicam-se.
Saberei valorizar o que têm para me ensinar?
Conseguirem dar-lhes o que precisam?
A sensação de segurar nas mãos a responsabilidade do sucesso destes meninos pesa mais do que imaginava quando comecei estas andanças.
Esta é a consciência de todos os que querem ser professores... mas depois há ministros que nos distraiem enquanto os meninos nos entram pelas salas ansiosos, entusiasmados, atrevidos, receosos e cheios de esperança.

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