segunda-feira, 10 de setembro de 2007

De volta


Depois de um recado bem dado, decidi pegar no teclado e... teclar.
Já lá vai um tempito...
Entre uma gripe viral do meu computador, que não há meio de passar (este degraçado não tem médico de família, deve ter a mania de que é gente) e uma certa angústia, que não se limitou a vir para o jantar, sem saber que seria da minha vida profissional, o tempo foi passando e as palavras ficaram presas sei lá onde...
Mas pronto, comecei a trabalhar. O mesmo trabalho, os mesmos locais mas novos desafios.
Numa altura em que se fala de depressão provocada pelo terminar das férias e o regresso ao emprego, eu dou por mim na maior das alegrias porque chegou o primeiro dia de trabalho.
Talvez seja essa a diferença: eu tenho um emprego que entendo como trabalho.
Na minha profissão não faço todos os dias as mesmas coisas.
O trabalho que escolhi leva-me todos os dias a mundos diferentes.
No meu trabalho tenho o privilégio de aprender a ver nas trevas, a ouvir com os olhos e com a pele, a comunicar com o olhar e com todo o corpo, a pensar como uma criança que sofre por não ser aceite, a sentir como um dependente, a celebrar a água que corre numa torneira ou a luz que se acende como se de bençãos se tratasse...
Acima de tudo, permite-me conhecer seres humanos maravilhosos e perceber que a riqueza está na diferença. Que aprenderíamos uns com os outros se fossemos todos iguais?
É difícil? É.
É desgastante? É.
É frustrante? Ás vezes.
É emocionante? É.
É compensador? Muitas vezes.
Basta-me para dizer:

MENINOS, VOLTEI!

Sem comentários: